Apesar das diversas controvérsias que o desfecho das Eleições de 2018 trouxeram ao debate público brasileiro, ficou evidente uma questão em especial: o descontentamento do brasileiro com a elite pública brasileira. Nos mais diversos espectros ideológicos, novas faces emergiram propondo novas perspectivas de como gerir os recursos estatais, de como potencializar a eficiência dos funcionários da esfera governamental e de como livrar processos estatais da corrupção, com este mal sendo cada vez mais repudiado pela opinião pública. A mudança de lentes no olhar sobre o primeiro setor não é uma pauta exclusiva às eleições de 2018; há anos que empresas buscam mudar o mindset tradicional do funcionalismo público, com propostas visando, através de novas perspectivas de capacitação, uma mudança abrangente no que tange ao setor.

Nas discussões sobre as novas perspectivas de capacitação de formação de funcionários do primeiro setor, vem se impondo uma visão mais mercadológica, com enfoque na capacitação dos funcionários como pauta principal a eficiência dos processos governamentais, se estabelecendo frequentemente como modelo a ser seguido, empresas. Porém, é de suma importância observar que há de ser cauteloso em tal comparação já que o Primeiro e o Segundo Setor têm naturezas amplamente diferentes: aquela tem de servir a todos, com o dinheiro público e visando o bem estar da sociedade, enquanto esta serve seus clientes, com dinheiro destes poucos e visando bem estar somente desses mesmos; uma responsabilidade de essência diferente. Apesar das capacitações se pautarem em uma visão mercadológica, é fundamental delimitar claramente suas barreiras, mantendo o fundamental papel do Primeiro Setor imaculado.

Desta forma, é exemplar o esforço do Centro de Liderança Política em oferecer uma nova capacitação do funcionalismo público brasileiro. A CLP desde 2008 estabelece um novo paradigma à capacitação do Primeiro Setor, mantendo a sua essência de formar estadistas preocupados com os bens públicos e as futuras gerações e que, ao mesmo tempo, buscam incorporar em seus processos a busca da eficiência. Para atingir esse equilíbrio, o CLP propõe a aplicação de política de resultados, a meritocracia e a valorização dos servidores públicos que serviriam como base para a implementação e avaliação de políticas públicas, trazendo novos olhares, pela capacitação, ao funcionário público. Na aplicação dessa nova metodologia à Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção do Rio de Janeiro se pode notar um aumento significativo e produtividade e a quantidade de projetos desenvolvidos por servidores de distintas áreas da Secretaria, comprovando-se na prática a qualificação desta empresa e do novo mindset.

Em suma, para uma nova geração repleta de mudanças tecnológicas, culturais e políticas é essencial também um novo enfoque aos processos do Primeiro Setor, aspecto que só pode ser contemplado a partir do estabelecimento de novos métodos de capacitação do servidor público por empresas pioneiras que busquem aliar valores inerentes do Setor Público à perspectivas antes exclusivas ao Setor Privado, fomentando assim o surgimento de estadistas que possam superar desafios políticos e econômicos cada vez mais complexos no contexto brasileiro

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