Com a crise de eficácia e de efetividade do Estado de Bem Estar Social, cujas práticas perduraram do início do século XX até meados dos anos 1980, surge a necessidade de uma resposta ao movimento de globalização que vinha tomando conta da dinâmica global. Assim, se deu o advento da Nova Gestão Pública (NGP). Uma teoria do campo de Administração Pública que traz incorporados valores ideológicos e administrativos que estão vinculados ao modelo de Estado Liberal. O modelo, quase hegemônico no mundo ocidental, surgiu com o objetivo de atacar dois males burocráticos: o excesso de procedimentos e a baixa responsabilização dos burocratas frente ao sistema político e à sociedade. A proposta do modelo, composto por técnicas que visam utilizar a lógica empresarial baseada em princípios mercadológicos, é de flexibilizar administração pública com a criação de entidades públicas não estatais que promovam o desenvolvimento gradual da sociedade.
No Brasil, o modelo veio à tona com as reformas de 1995, com os ideais do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. O Plano visava criar condições para a reconstrução da administração pública em bases modernas e racionais, buscando um desenvolvimento nacional. O modelo não foi aplicado de maneira muito eficiente, uma vez que os gestores continuavam a encontrar entraves burocráticos para implementarem suas pautas na comunidade
A Nova Gestão Pública possui grande potencial de mudanças nas políticas públicas. Tornando-as mais práticas e sem tanta burocracia, possibilita-se uma maior troca entre o poder e a comunidade envolvida. A mudança sem tanta celeridade nos processos, é visivelmente uma das pautas mais almejadas por políticos, e por o novo modelo de gestão deve ser adotado por estes, para que possam cumprir o seu papel de gestor, impactando a sociedade da melhor forma possível.
O principal desdobramento na eficiência do serviço público, é a maior concretização das ações de um governo, possibilitando a conversão de pautas em práticas governamentais, permitindo inclusive uma maior interação entre o governo e a população, promovendo uma cooperação para o bem geral.
O maior benefício do novo modelo é o ataque às burocracias em excesso, que acabam por tornar muitas vezes o Estado ineficiente. Existe um claro exagero no tamanho da máquina pública, dificultando qualquer movimento que esta queira fazer, resultando numa celeridade tremenda de qualquer política pública que necessite ser implementada. Com a desburocratização, a NGP também traz uma grande responsabilização dos cargos políticos, dispondo destes de mais poder, mas permitindo que estes sejam mais responsabilizados por movimentações, uma vez que, implementada a teoria, os burocratas terão grande possibilidade de agir e poder concretizar suas propostas de maneira mais facilitada.
A Nova Gestão Pública busca, com responsabilização e transparência, busca uma maior eficácia no campo da Administração Pública. É um modelo que trata de simplificação da tomada de decisão, atacando a principal justificativa de ineficiência para a maioria dos líderes governamentais, a burocracia exacerbada.