Diferentemente da divisão econômica, a divisão sociológica em três setores demonstra as principais forças em atividade no campo socioeconômico, que são (i) Primeiro Setor ou Setor Público: Estado e seus desdobramentos; (ii) Segundo Setor: “Mercado” ou setor privado e (iii) Terceiro Setor: instituições ou organizações alinhadas com diferentes causas sociais. Vale dizer que a população em geral não sabe a definição desses três setores ou confunde com os três setores da economia (agricultura, indústria e comércio). Logo, é importante que as diferentes organizações reforcem o significado e as respectivas funções que realizam para seu público para que, assim, parcerias e até mesmo clientes se aproximem com o conhecimento do serviço que o setor oferece. Nesse sentido, o conteúdo deste texto será voltado para a relação do Primeiro Setor com o contexto pós pandêmico

   Com a necessidade de distanciamento social na pandemia, a maioria das atividades teve que se adequar ao ambiente online. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Planejamento e Gestão completou a transição para digitalizar suas funções no início de 2020, fazendo com que a mudança, com o home office e a quarentena, não fosse tão intensa, passando a investir nas questões de saúde mental e capacitação dos funcionários.

   Todavia, o professor Adriano Henrique Rebelo Biava, especializado em Finanças Públicas e Economia do Setor Público, explica que São Paulo sentiu mais a pressão da pandemia em relação à outros municípios e estados em função da concentração de pessoas – tornando a quarentena quase insustentável em certos setores, como o de serviços e comércio. Propostas de auxílio na transição pós-pandemia, como projetos de distribuição de renda e capacitação de empreendedores, devem crescer nos próximos meses, colocando o recurso governamental novamente em uma difícil situação.

   Para evitar a falta excessiva de recursos pós pandemia, tanto no Primeiro ou Terceiro Setor, pode-se sugerir uma preparação adiantada de Planejamentos Estratégicos, com 3 importantes passos: (i) Análise dos ambientes interno e externo; (ii) Definição de metas e objetivos e (iii) Definição do plano de ação. Além disso, é importante ressaltar a priorização da alocação de recursos para os setores da saúde, segurança e educação nesse período pós pandêmico.

   Ainda, ao passo que a vacinação continua sendo a principal forma de defesa, a exigência da vacina e a utilização de máscaras colabora com a retomada da economia. Juntamente, o preparo tecnológico é de extrema importância, facilitando ou abrindo espaço para o modelo híbrido que tende a crescer no futuro. Em geral, pode-se dizer que o Primeiro Setor enfrenta problemas em dois lados da economia: falta subsídio/arrecadação para os projetos mais ambiciosos e a demanda dos bens/serviços diminui à medida que os preços sobem. Logo, com uma estabilização, o papel de garantidor de bem estar público do Estado estará ainda mais em questão, sendo vital para a retomada das atividades econômicas. 

   Deve-se considerar, também, que a união da tecnologia com os recursos públicos pode fazer a situação mudar e alavancar novamente tal setor. Por isso, possíveis investimentos em gestão de processos digitais geram expectativa sobre a implementação da Inteligência Artificial e da Realidade Aumentada, duas tecnologias úteis e aplicáveis na gestão pública.

 

Referências Bibliográficas: 

https://e-dou.com.br/primeiro-segundo-e-terceiro-setor/

https://republica.org/a-reinvencao-da-gestao-de-pessoas-no-setor-publico-durante-a-pandemia/

https://publicacoes.tesouro.gov.br/index.php/cadernos/article/view/119

https://www.digix.com.br/gestao-publica-e-inovacao-o-que-esperar-do-pos-pandemia/

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